terça-feira, setembro 11, 2007

Os comboios...

Como é certo e sabido gosto de observar o mundo que me rodeia e gosto também bastante de viajar de comboio, é algo que gosto e pronto.

Hoje fui dar a minha voltinha no quimboio e pus-me a reparar na imensidão de coisas que as pessoas faziam, alguns liam, outros entregavam-se à árdua tarefa de deixar passar o tempo fechando os olhos e encostando a cabeça á parede (técnica da qual sou grande adepto), outros ouviam música, alguns conversavam animadamente e outros ainda não faziam nada senão andar a passar dum lado para o outro.

É exactamente isto que eu aprecio no comboio, uma pessoa vê duas paisagens, uma exterior, sarapintada de casas, árvores, estradas e outas construções afins, e uma interior onde vemos pessoas altas, baixas, magras, gordas, com cabelo branco, preto ou castanho, africanos, ucranianos, portugueses e brasileiros, uma imensidão, uma multidão.

Depois temos é claro o mundo interior de cada um, pessoas que pelo seu olhar só querem ser deixadas em paz, outras que esperançadamente deitam o olho à ruiva que acabou de passar na esperança de ver um bocadinho de pele, alguns que relaxadamente não se preocupam com nada e outros que obstinadamente nem reparam em nada de tão apressados que estão.

Eu fico-me pelo relaxado, não tenho pressa, quem está à minha espera não irá a lado nenhum, afinal é hora do jantar e eu já estou atrasado para chegar a casa.

Piada do dia:

" Estão duas velhotas no campo a apanhar batatas quando uma agarra em duas grandes batatonas e diz:
- Ena parecem os bombons do meu Manel!
Ao que a outra lhe responde:
- Então porquê? São assim tão grandes?
- Não, são assim tão sujos!"


Deixar só um grande, enorme, gigantesco beijo prá minha menina e dizer-lhe para relaxar um pouco porque tudo vais correr bem ;) amo-t.

2 comentários:

Scarlett Farm disse...

O melhor é tornares os comboios num uso diário, e falo-o por experiência própria. De volta à rotina, todos os meus passos de ida e retorno incluem um comboio, e o mergulhar nas sociedades tão diversas e humanas que o preenchem. Todos os dias rostos novos, comportamentos novos, e visões novas, e por vezes (ou antes muito escassamente) o vislumbre e o sorriso de um amigo ou um olhar de cumplicidade de quem todos os dias faz o mesmo percurso.

Quanto à anedota...no comment...

Anónimo disse...

Porque é aí que se encontra a realidade humana, nua e crua...Onde, apesar de todos os olhares que por vezes incomodam (eu sou uma daquelas que perfere que deixem em paz;P),por outras vezes uma velhinha que se senta ao nosso lado, quebrando a nossa ilusão de solidão,pergunta se nao queremos partilhar com ela um pedaço de bolo já meio comido...Viagens de comboio por vezes assustadoras por vezes reconfortantes...Apenas humanas